Forte participação na manifestação nacional: a ALEBA ao lado dos trabalhadores pela equidade e pelo respeito

As ruas da capital ecoaram slogans exigindo pensões justas, um verdadeiro diálogo social e dignidade para todos os trabalhadores. «Estamos orgulhosos de ter participado nesta mobilização forte e pacífica, demonstrando mais uma vez que a solidariedade e a voz do povo continuam a ser uma das maiores forças da nossa sociedade», declarou Roberto Mendolia, presidente da ALEBA.

Apesar dos recentes apelos do presidente da UEL, Michel Reckinger, para que não se manifestassem, afirmando que os sindicatos estavam a tentar criar um clima alarmista «espalhando meias verdades», a participação superou largamente as expectativas — prova evidente de que os trabalhadores luxemburgueses se recusam a continuar a ser ignorados.

A nossa participação nesta marcha nacional reflete o compromisso inabalável da ALEBA em defender os interesses de todos os trabalhadores, para além do setor financeiro. As questões levantadas hoje — reforma das pensões, ausência de diálogo social, inflação, estagnação salarial e deterioração da qualidade de vida — dizem respeito a todos e exigem uma ação política imediata e significativa.

Responder às críticas

Em entrevistas recentes, o presidente da UEL, Michel Reckinger, criticou a decisão dos sindicatos de organizar esta manifestação, sugerindo que não era necessária e que era demasiado conflituosa. A ALEBA não concorda com esta opinião.

Dizer que uma mobilização desta magnitude é injustificada é fechar os olhos à realidade do quotidiano que milhares de famílias de trabalhadores enfrentam no Luxemburgo. Os trabalhadores não marcham por ideologia ou agitação - marcham porque lhes é imposto um fardo cada vez mais pesado, enquanto a sua parte da riqueza não pára de diminuir.

Não é o confronto que procuramos, mas o reconhecimento. O reconhecimento de que os trabalhadores não são apenas variáveis económicas — eles são a espinha dorsal do sucesso do país. Se os empregadores e os governos valorizam realmente o diálogo, ouvir a mensagem de hoje não é opcional, é essencial.

Um apelo à ação

A manifestação pode ter terminado, mas o movimento continua. A ALEBA apela aos líderes políticos e empregadores para que retomem um diálogo honesto e construtivo com TODOS os parceiros sociais e saúda o convite do primeiro-ministro Frieden para a

reunião de 9 de julho. No entanto, a ALEBA lamenta que este convite ainda não reflita uma representação completa e equitativa de todos os parceiros sociais, excluindo uma parte legítima dos representantes do pessoal luxemburguês.

Exortamos o governo a reconhecer a urgência da situação e a agir - não com lentidão ou indiferença, mas com coragem e respeito. O Luxemburgo está numa encruzilhada. A escolha que fizermos definirá o país em que queremos viver amanhã. A ALEBA permanecerá vigilante, empenhada e determinada a construir um futuro mais justo e equitativo - para todos.