Faça ouvir a sua voz
Numa era definida pelo progresso e pela inclusão, a persistência da violência sexista no local de trabalho continua a ser uma contradição gritante. Esta violência, muitas vezes silenciosa, mancha a própria estrutura dos espaços profissionais. É uma realidade que exige a nossa atenção constante e uma ação decisiva. A violência sexista, em todas as suas formas insidiosas, não é apenas inaceitável – é uma violação fundamental da dignidade humana, uma afronta direta aos princípios de uma sociedade justa e equitativa e uma questão particularmente importante num ambiente multicultural como o Luxemburgo.
É crucial compreender que a violência sexista transcende a agressão física evidente. Abrange um espectro de comportamentos que minam, intimidam e discriminam com base no género. Desde «piadas »humilhantes e assédio subtil a formas mais graves de abuso, desde agressões verbais e manipulação psicológica a sabotagem profissional e à crescente ameaça do assédio online, qualquer ação que crie um ambiente hostil, intimidatório ou ofensivo com base no género é uma forma de violência sexista e não tem lugar num ambiente profissional. Estas ações criam um ambiente hostil que corrói o bem-estar individual e a integridade organizacional. As consequências desta violência silenciosa são profundas. As vítimas sofrem traumas emocionais, retrocessos na carreira e uma diminuição da autoestima. Pode ler mais sobre isso no guia (em francês) da organização francesa Cali et Gali, que ajuda todas as pessoas que se sentem sozinhas na luta contra a opressão de género no local de trabalho.
Com uma força de trabalho que representa mais de 170 nacionalidades,
o Luxemburgo deve dar prioridade a um ambiente de tolerância zero para a violência sexista. Cada indivíduo traz uma experiência única para o local de trabalho, e é responsabilidade dos empregadores garantir um ambiente seguro e respeitoso para todos. Isso requer mais do que apenas declarações políticas; exige uma abordagem proativa que permeie todos os níveis da organização.
Reconhecer esses comportamentos é fundamental. Sinais subtis, como linguagem desdenhosa e táticas de exclusão, pensamentos depreciativos em relação a outras pessoas e a normalização de comentários inadequados, devem ser abordados. É essencial criar uma cultura em que a denúncia de tais incidentes seja incentivada e apoiada.
Se estiver a passar por tal comportamento ou a testemunhá-lo, lembre-se de que não está sozinho. É crucial documentar quaisquer casos de comportamento sexista, incluindo datas, horários e detalhes específicos. Priorize a sua segurança e bem-estar.
Se se sentir inseguro ou não souber como proceder, fale com o seu director, delegue a questão a alguém em quem confia ou contacte a ALEBA por e-mail em legal@aleba.lu ou por telefone: +352 223 228 1. É crucial procurar ajuda.
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